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Uma análise comparativa das estruturas a termo das taxas de juros: Brasil vs. EUA.

A alta da taxa de juros... O que isso significa? Colocamos uma lupa nessa questão e comparamos as taxas de mercado das emissões do governo brasileiro com as do governo americano


O estudo oferece uma comparação abrangente, examinando tanto as taxas spot, quanto as taxas forward implícitas nesses dois mercados distintos. Essa relação explica o porquê dos spreads das taxas brasileiras contra as taxas americanas aparentam estar prestes a fechar.


Primeiramente, foi feita a análise de como os YTMs dos títulos BR e EUA são distribuídos entre diferentes durations, que é a principal métrica utilizada para quantificar a sensibilidade de títulos a mudanças na taxa de juros.


Em 9 de Novembro de 2023 o mercado estava....

Como observado no gráfico acima, os spreads entre o BRAT e UST são maiores nos durations mais longos. Isso se deve ao fato de que devido ao atual ciclo de política monetária dos EUA, a curva de juros que no passado estava invertida, agora está "flat".


Caso o soft landing que o mercado está prevendo se concretize, é provável que a curva de juros americana volte a ser upwards sloping, o que diminui a distância entre ela e a curva brasileira, diminuindo os spreads.


A curva forward, é valiosa para os investidores ao analisar oportunidades de arbitragem e fazer previsões sobre as condições de mercado. A comparação entre as curvas forward dos títulos americanos e brasileiros pode revelar oportunidades de arbitragem e insights valiosos sobre o prêmio de risco país.


Este estudo não abrange as taxas forward negociadas no mercado, mas sim as taxas forward implícitas. A taxa forward implícita não é uma taxa que foi acordada entre as partes, mas sim uma taxa que é implicitamente calculada com base nas taxas spot existentes, ela pode ser interpretada como a taxa de juros futura que elimina oportunidades de arbitragem entre títulos de vencimentos diferentes.


Em 9 de Novembro de 2023 a curva forward implícita estava...

Percebe-se que identificamos novamente o mesmo padrão, os spreads sendo maiores na parte mais longa da curva. O US Treasury segue novamente uma estrutura plana.

No ano de 2031 o Brazilian Treasury em dólares (BRAT), possuí um comportamento incomum, indo contra a tendência vista no resto da curva de juros. Portanto, foi realizada uma simulação nesses títulos. Identificando o Yield to Maturity teórico que suaviza a curva forward, seguindo a tendência observada.

Observe a curva atual (em cinza) e a simulação (em verde)

Para atingir esse YTM teórico que suaviza a curva de juros, o preço do título de 2031 teria que descer aproximadamente 1,11%, dado o Duration Modificado de 6,56 anos (sem considerar o ajuste da convexidade).

Em conclusão, dado que a curva dos títulos brasileiros permaneça inclinada e haja um "soft landing" nos Estados Unidos como é previsto, é provável que os spreads longos se fechem com o tempo. Conforme a curva de juros americana volte a sua estrutura padrão.

E você, está aproveitando essa oportunidade?


Bibliografia:


  1. Cálculo Financeiro das Tesourarias: Bancos e Empresas, José Roberto Securato, 1999



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